A Freguesia

Na sequência da reorganização administrativa do território (Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro - Reorganização administrativa do território das freguesias), a União de Freguesias de Refojos de Basto, Outeiro e Painzela resultou da agregação das freguesias de Refojos, Outeiro e Painzela
 

Refojos de Basto

Povoação muito antiga foi couto do Mosteiro, à volta do qual se desenvolveu, obtendo uma sentença de foral em 1307 por D. Dinis. D. Manuel concedeu novo foral em 1514.

Sede do concelho de Cabeceiras de Basto, ocupando uma área significativa, esta freguesia caracteriza-se por uma implantação em vale aberto e airoso. Aqui ocorrem das melhores bolsas de solo agrícola, com terrenos húmidos e férteis, de todo o território Cabeceirense. Acusa o mais alto índice populacional do concelho. Dividia-se, até à recente agregação, em três zonas urbanas: à mais antiga correspondem essencialmente as construções erguidas entre os séculos XVII e XIX e possui boas e lindas casas. A segunda, oitocentista, rodeia a praça principal, que foi terreiro dos frades, até ser rasgada em 1834, e que mantém o espírito arquitetural de então. A terceira é a atual, sem motivos de destaque significativos.

O Mosteiro de S: Miguel de Refojos Refojos fica situado em pleno coração da vila. O templo é feito de uma só nave e crê-se ter sido fundado em 670 pelo rico-homem Hermígio Fafes, ou segundo outros, por D. Gomes Soeiro, cujo retrato se vê ainda na casa que foi de Capítulo, tendo a seguinte legenda: "D. Gomes Soeiro fundador deste mosteiro em 670". Foi bastante próspero durante a dominação árabe, chegando a ter nessa época 67 monges beneditinos, até que em 1403 passou aos abades comendatários.

Esta freguesia é dominada ainda pela presença do Basto, estátua que simboliza um guerreiro lusitano destemido, Hermígio Romarigues, que se imortalizou pela sua coragem e valentia ao defender o mosteiro dos ataques dos mouros.

A freguesia sede do concelho tem acusado notáveis transformações urbanísticas, registando um inegável desenvolvimento a nível de oferta de equipamentos e infraestruturas.

Outeiro

Esta antiga freguesia de pequena dimensão, fica situada na orla ocidental de Cabeceiras de Basto.

Confronta com o concelho de Fafe e com as suas antigas congéneres de Painzela, Refojos e Passos. Detendo um razoável índice de povoamento, esta freguesia parece acusar a proximidade da sede do concelho com a fixação de novos fogos ao longo do eixo viário.

Esta freguesia é banhada por um pequeno afluente do Rio Peio, cuja designação é Rio Trutas.

Tem como principais atividades económicas a agricultura e a construção civil. Com uma topografia de planalto, com altitudes mais elevadas, o seu relevo é levemente ondulado fazendo jus ao topónimo que a designa. À míngua de dados arqueológicos, a toponímia sugere uma ocupação que remonta a finais da Alta Idade Média.

O artesanato manifesta-se na arte da cestaria e tamancaria.

Painzela

A antiga freguesia de Painzela ocupa uma estreita faixa de território que se alonga no sentido Leste/Oeste, confrontando com o concelho de Fafe.

Trata-se de uma freguesia eminentemente agrícola.

Do património cultural e edificado destacam-se a Igreja Matriz, as Alminhas, a Capela de S. Brás, a Ponte Romana e a Capela de S. Gonçalo. Das diversas casas solarengas patentes nesta freguesia, merece especial destaque a Casa de Pielas, não apenas pela sua arquitetura setecentista, como sobretudo pelo interessante jardim oitocentista, de alegada influência inglesa. A Casa de Cimo de Vila, com a sua já aludida capela de São Gonçalo, datada de 1662, merece também destaque.

Outro local de interesse turístico é a Praia Fluvial da Ranha, que foi objeto de recente requalificação.

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